Quando a rapariga pegou na primeira bolacha, a mulher também pegou numa. A rapariga sentiu-se indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: "Que descaramento! Se eu estivesse mal disposta, era capaz de lhe dar um estalo!!" A cada bolacha que ela pegava, a mulher também pegava numa. Aquilo deixou-a tão indignada que nem conseguiu reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: "O que será que esta atrevida vai fazer agora?" Então a mulher dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Aquilo era demais! Ela estava a bufar de raiva!
Pegou no livro e nas suas coisas e dirigiu-se ao local de embarque. Quando se sentou, já no interior do avião, olhou para dentro da sua mala para tirar uma caneta e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto! Nesse momento não conseguiu conter a vergonha que sentia!... Apercebeu-se que o erro tinha sido seu, sempre tão distraída! Tinha-se esquecido que as suas bolachas estavam guardadas dentro da sua mala. A mulher tinha dividido as bolachas dela sem se sentir indignada, nervosa ou revoltada, enquanto ela tinha ficado transtornada e cheia de raiva pensando que estaria a dividir as dela com a mulher.
Quantas vezes na vida, somos nós que estamos a comer as bolachas dos outros? Quantas vezes reclamamos sem razão?
Antes de concluir, observemos melhor... talvez as coisas não sejam exactamente como pensamos...
Um 2004 partilhado!
Atento!
Doce!
Pleno!
Vivo!
... e renovado!!
:-)