sexta-feira, outubro 01, 2010

Se não podes vencê-los...

De rebelde a acomodada...

É habitualmente o trajecto das pessoas sonhadoras, insatisfeitas, lutadoras ao alcance do melhor, apelidadas de rebeldes...quando ao fim de algum (pouco) tempo percebem que essa luta foi e será sempre inglória, que o seu esforço e dedicação nunca será reconhecido, que o seu valor nunca será retribuído de forma justa, numa sociedade de invejas, tricas e sobretudo de muita mediocridade.

O que fazer quando se percebe que nascemos no país errado mas não temos coragem de o abandonar?

Acomodamo-nos...

domingo, setembro 05, 2010

Portuguese mood

"Um londrino passa o dobro do tempo que um lisboeta nos parques da sua cidade.


Só no centro histórico de Tallin há mais 23 esplanadas que em Lisboa e toda a sua área metropolitana.


A percentagem de executivos suecos que usa fatos de linho é o dobro da dos executivos portugueses.


Os habitantes de Dublin sorriem, em média, mais 2,43 vezes por dia que os lisboetas.


Em média, um guarda-roupa duma madrilena tem mais 4 mini-saias que o de uma lisboeta


Em pleno Dezembro, há cerca de mais 5.000 ciclistas nas ruas de Riga que nas nossas avenidas.


Entre 21 de Dezembro 21 de Março um milanês, em média, junta-se 7 vezes mais com os seus amigos depois do trabalho que um lisboeta (essa mesma relação, entre 22 de Março e 20 de Junho, dispara para 11 para 1)


A probabilidade de um lisboeta experimentar, a partir das 17h de Domingo, um sensação de apatia aguda ou leve depressão por não conseguir tirar da cabeça a ideia de que terá que trabalhar no dia seguinte é 9 vezes superior à dum berlinense.


Por ano, realizam-se 3 vezes mais concertos ao ar livre em Bruxelas que em Lisboa.


Um adolescente moscovita tem 3,5 vezes mais lata para abordar a miúda que mora na rua da frente com quem se cruza diariamente enquanto ambos passeiam seus cães que um adolescente lisboeta (sabendo-se que este último, apesar de ter a jogar a seu favor uma probabilidade 7 vezes inferior de estar a chover e 23 de estar um frio de rachar, prefere tentar encontrá-la no Facebook)"

Daqui

sábado, junho 26, 2010

Genuíno

Sinto falta de algo genuíno...
preciso de ser simplesmente verdadeira
nas atitudes, nos sentimentos, nas acções... e ainda assim gostar de mim.

Preciso sentir que os outros também o são
e mesmo assim, gostarem de mim.

Preciso encontrar algo genuíno...

quarta-feira, junho 16, 2010

Vida em suspenso...

Tenho outros blogs, mas este foi o que ficou em suspenso.

Este seria o blog real, que retrata a minha vida, o dia a dia, aquilo que penso, aquilo que sou ou que mostro ser...os amores, o passado, a poesia estão nos outros blogs.
Este fica mais parado.... como a minha vida real.

Os sonhos e as paixões vão sobrevivendo...

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Retalhos

O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada,
com uma alma intensa,
violenta,
atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade… sei lá de quê!

Florbela Espanca

Vivo de retalhos... destes retalhos,
como se estas peças completassem o espaço de uma alma
que está vazia e a mantivessem viva.

Sinto-me a construir o mundo como quem cola um prato partido em pedaços...

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

sábado, janeiro 02, 2010

Desejos para a próxima década!

.
"Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado os teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones a ânsia de fazer da tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, a nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Derruba, lastima, ensina, converte-nos em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, pode-se fazer poesia bela sobre as pequenas coisas.
Não traia as tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida num inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procura vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprende com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido..."

Walt Whitman

domingo, novembro 29, 2009

Pinceladas sem tela...

Tal como na vida, também no blog deixo tudo a meio
Não invisto a sério, não dou o máximo
Deixo andar ao sabor do tempo
Tempo que passa
Sem rumo ou direcção

Olho para trás e vejo tudo incompleto
O que ficou por dizer
O que ficou por mostrar
O que senti e não registei
O que já esqueci

Um monte de pinceladas sem tela
Que demonstram uma esperança de criar um quadro
Mas pouca vontade para pintar...

segunda-feira, abril 06, 2009

Regresso

Nunca há tempo para nada...
Queria ter tempo para parar e reler o que escrevi
Para repensar o futuro, corrigir o passado
E ao mesmo tempo viver o presente...

Tenho saudades
Quero regressar a mim.

sábado, janeiro 10, 2009

Avaliações

Uma avaliação mal feita é pior que não haver avaliação.

Mais injusto e grave que beneficiar um mau profissional (por não haver avaliação) é prejudicar um bom profissional com um sistema de avaliação ineficaz... esse bom profissional sente-se mais injustiçado se for avaliado incorrectamente, não sendo reconhecido o seu valor, do que se não for avaliado de todo.

E é nisto que vai resultar a implementação de sistemas de avaliação de forma indiscriminada, arbitrária e precipitada… vai manter o beneficio aos maus, porque não os vai conseguir identificar, e não vai valorizar de facto os bons… no final a avaliação nestes moldes vai servir tanto como serve agora o facto de não existir, vai manter as injustiças, só que agora atacando os bons, criando burocracias insuportaveis e desmotivando todos.

quarta-feira, dezembro 31, 2008

2008... 2009

Mais um ano igual a tantos outros.... trabalhar, tentar estudar, trabalhar, trabalhar...
e esperar que uma nova vida me bata à porta, que um destino diferente se encontre comigo por puro acaso, assim como quem não quer a coisa ....

2009 será tempo de mudanças... assim o espero.
Continuarei a trabalhar mas desejo uma mudança de rumo, de objectivos, de qualidade
Espero deixar em 2008 o fim de um ciclo, de mais uma etapa de carreira... sempre a carreira...
E iniciar algo novo, pelo menos assim o desejo agora.

Talvez quando lá chegar deseje apenas continuar como estou.... se me amedrontar o desconhecido, a mudança.... espero tanto que não...
Pelo menso espero ter escolhas...

2009 traz um novo começo... na idade perfeita, na maturidade ideal, na autonomia desejada, espero com muita saúde e vontade para poder escolher o meu destino.
2009 vem sem planos definidos, sem agenda, permanece em aberto...
Continuarei à espera?

A ver vamos o que me calha...

terça-feira, novembro 18, 2008

It doesn´t take much to be happy...


"You spend all your time waiting
for that second chance
For the break that will make it okay
There's always some reason
to feel not good enough
And it's hard in the end of the day
I need some distraction or a beautiful release
Memories seep from my vein
Let me be empty oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight..."



















Maybe it´s time to stop waiting for everything to be perfect
While we feel desperatly insatisfied
Unhappy with the world, disappointed with people, betrayed by destiny
With an empty soul and no peacefull hearts

Our days are not good or bad... they´re simply what we make from them
It doesn´t take much t o be happy.. if that´s what we really want
Sometimes it´s not... and it seems we try our best to make us miserable

It´s time to look for the good things in life
Or look at the bad things with different eyes
And fill our mind with only what makes us feel good


Loosing no precious time with meanless things, worthless feelings

... because at the end it´s all that matters... being happy and live with serenity
That´s all that matters


Why does it takes so long to realize that?

sexta-feira, outubro 31, 2008

O desmoronamento de um sonho...

Há momentos de indignação e injustiça que nos levam às lágrimas...

Pergunto-me se vale a pena tanto esforço e investimento... quando no final tudo se resume a tapar buracos, fazer remendos, apagar fogos... e continuamos nisto há anos e anos e anos.

Nõ é preciso muito muito tempo para percebermos que não vale a pena lutar por um sonho, construir um ideal, dedicar-se a uma causa... isso são apenas distracções para entreter os mais novos e os obrigar a entrar num sistema viciado... enquanto eles ainda acreditam que conseguem remar contra a maré, vão contribuindo para a engrenagem viciada... quando se apercebem que afinal nada muda, entram em choque, em desespero, numa desilusão profunda...

Mas que também passa rapidamente... porque se há aspecto em que o ser humano é invencível é na capacidade de adaptação... querem ovelhas? Não seja por isso... agora a ovelha vai é procurar o melhor pasto e aquele com que pode engordar mais... a qualidade da lã? Isso vem depois...

sexta-feira, junho 13, 2008

Contos

Aproximaram-se de uma lagoa transparente a tristeza e a fúria para se banharem em mútua companhia.

A fúria, que tinha pressa (como sempre acontece com ela), pressionada pela urgência sem saber bem por quê, banhou-se rapidamente e ainda mais rapidamente saiu da água. Mas a fúria é cega ou, pelo menos, não distingue claramente a realidade. Por isso, apressada ao vestir-se, colocou o primeiro vestido que encontrou na margem. Aconteceu que aquele vestido não era o dela, mas o da tristeza... E assim, vestida de triszteza, foi-se embora apressada.

Muito indolente, muito serera, disposta sempre a ficar no lugar onde estava, a tristeza terminou o banho e, sem pressa, ou sem consciência da passagem do tempo, com preguiça e lentamente, saiu da lagoa. Na margem, deu-se conta que a sua roupa não estava lá. Mas se há coisa que não agrada à tristeza é ficar nua, por isso vestiu a única roupa que ali havia: o vestido da fúria.

Conta-se que, desde então, muitas vezes nos encontramos com a fúria, cega, terrível e agastada. Mas se nos dermos tempo para olhar melhor, apercebemo-nos que esta fúria que estamos a ver não passa de um disfarce e, por detrás do disfarçe da fúria, na realidade está escondida a tristeza...

terça-feira, junho 10, 2008

Encruzilhada



Há alturas em que nos zangamos com a vida... e amuamos.

Tudo parece vazio, nada nos faz genuinamente sorrir, sentir, amar...

Em que direcção apontamos os nossos objectivos?

Após anos e anos de investimento... tantos sonhos, outras tantas desilusões.

É este o futuro que quero para mim?

Sobram-me as memórias...

do que poderia ter sido.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Álbum de memórias #1




Na altura de me reconciliar com as memórias...
o meu álbum de momentos.

Depois de Londres


Regressei de Londres com um sentimento de sonho cumprido, conquistado... mas com uma sensação de vazio. Como quando se alcança algo que se deseja muito e logo a seguir não sabemos o que fazer com isso.

Foi fácil o que esperava difícil e díficil o que dava como fácil... acho que me baralhou. Senti-me segura. Mas pela primeira vez confrontei-me com uma solidão que me assustou, sobretudo porque estou habituada a viajar sozinha, a viver para mim. Ali custou-me, pela primeira vez.


Acho que me perdi, ou se calhar não me encontrei. Uma insatisfação permanece como se tivesse ficado algo por completar. Não sei bem o quê. Não é o álbum que ficou por fazer ou as fotografias que desta vez nao organizei. Não me apetece contar as histórias, mostrar as imagens, escrever as crónicas, reviver os momentos.


Não fiquei deslumbrada. Não marcou verdadeiramente uma etapa. Não mudei, nada mudou. Talvez a maior lição é que não posso estar à espera que as coisas me mudem, mas sou eu que tenho de dar os passos. Na verdade não sei bem se queria mudar alguma coisa.


Mas tenho saudades de me sentir Londoner... das ruas, das viagens de metro com o jornal na mão, dos passeios pelos parques, das visitas em descoberta da cidade... daquela que foi também a minha cidade. Daqueles que foram até agora dos melhores momentos que vivi. Se calhar tenho saudades de mudar de hábitos, de rumos, de horizontes...

Londres encheu a minha vista, mas sinto não me preencheu a alma...

London by night



A importância da luz nas nossas vidas revela-se quando damos pela sua falta.

Viver em Londres no Inverno não é fácil para quem se habituou a olhar a luz do sol na maior parte do dia. É deprimente sair às 16h e encontrar a escuridão da meia noite, disfarçada por entre as iluminações das ruas. Os museus encerram e as lojas fecham pelas 18h. Todos se refugiam nos bares espalhados pela cidade. A vida é a dos bares e pouco mais. Os espectáculos são para os turistas e o cinema é ocasional. A cidade perde o seu encanto e a sua vida cedo de mais para o estatuto que carrega.

Londres à noite é tão encantador quanto assustador. Uma iluminação perfeita, misteriosa e colorida cobre a cidade... deserta e silenciosa.

Londonpaper



Os jornais gratuitos fazem parte do dia a dia da cidade. E passam a integrar a nossa rotina! Estranhamos a estação de metro que não tem um ponto de distribuição e que nos vai obrigar a fazer o percurso sem ler as notícias do dia. Atravessamos a rua só para receber o jornal antes que esgote. Ansiamos por aquele momento ao fim da tarde onde podemos finalmente sentar-nos a relaxar e a ler os 3 jornais que conseguimos juntar desde a manhã! É como se a cidade nos passasse diante dos olhos. As notícias, as não-notícias, os passatempos, as fotos, as crónicas... tudo nos interessa. Opinamos interiormente sobre os assuntos, enviamos comentários e até participamos nos passatempos. É nesta altura que nos sentimos integrados, como parte da cidade. É dela que vamos à procura.

Interessante perceber que na cidade procuramos o que é diferente e é isso que aceitamos e facilmente integramos na nossa vivência. Nas pessoas procuramos o reconhecimento e o que há de comum. E é difícil aceitarmos e integrarmos uma vivência social distinta da nossa.

Estranhava as comunidades que viviam em Londres de costas voltadas para a cidade. Só veêm televisão do seu país de origem, só leêm jornais na sua língua, cozinham apenas a sua culinária. Não vivem a cidade, vivem numa cidade para eles incógnita, com a mesma indiferença que esta lhes reserva. Vivem da cidade. Sempre pensei que o encontro de culturas em Londres era pacífico. Um dia a dia rotineiro onde se cruzam povos de cada ponto do mundo que se habituaram a conviver. Mas é exactamente porque nos interessamos pela cidade que rapidamente nos apercebemos que não há nada de pacífico nesta teia multicultural. Cada um vive no seu nicho que rodeia com as mesmas fronteiras, tão sólidas e bem delimitadas quanto as geográficas. E tão distantes quando a distância que os separa no globo. O intercâmbio é apenas a partilha dos mesmos espaços, os da cidade apenas. A comunicação é para exigir direitos comuns, aceitação, integração... estranhamente integração da cidade na sua cultura, mudança em função da sua religiosidade... e não integração das suas culturas na cidade. Uma crescente maioria heterogénea que afasta os verdadeiros Londoners, incapazes de reagir e impor as suas regras. Percebo o seu sentimento, como que vítimas do roubo da sua identidade.

Como seria Londres sem esta rede internacional? Mais genuína ou desinteressante? Menos desenvolvida com certeza.

A quem pertencem as cidades afinal? Temos algum direito sobre o nosso espaço? O direito de procurar uma vida melhor ali mesmo ao lado é assim tão universal?

Londoner


Foi um período aguardado com muita expectativa. Planos misturados com sonhos num misto de descoberta... de um novo mundo, dos outros e de mim própria. "O novo mundo" eu encontrei reunido naquela cidade...vagueando pelas ruas, pernoitando em Picadilly's Circus, enchendo as carruagens do metro ou fazendo compras nas lojas dos arredores. "Os outros" faziam dos bares a sua rotina diária, como se mais nada existisse nessa vidinha inacreditavelmente monótona na cidade mais fervilhante da Europa.

Londres foi para mim uma experiência estranha. Pensei que iria ter dificuldade em adaptar-me à cidade, à rotina do metro, aos sentidos contrários. Pensei que iria rapidamente integrar-me num círculo social de amizades e partilhas de experiências semelhantes, períodos de passagem, encontros fortuitos. Tudo correu bem, mas ao contrário.Uma semana bastou para me sentir "Londoner" e entranhar sem estranhar os diferentes circuitos, lugares, paragens, estações, etc. Ouvir diferentes línguas, espreitar culturas diversas ou provar comidas exóticas passou a ser banal. A rotina profissional essa, foi afinal o mais fácil. A cidade encanta pela simplicidade e comodidade com que acolhe os forasteiros. Mas três meses não foram suficientes para me integrar no seu espírito e na sua alma. Não me encontrei ali, mas encontrei-me muitas vezes sozinha. Estranha-se a frieza no acolhimento, a indiferença, o sabor por vezes amargo das respostas como que a denotar o cansaço pelos estrangeiros... sentimo-nos invasores e ao mesmo tempo tão inseridos no mundo que ali se encontra e se reune todos os dias. Londres não seria a mesma sem a diversidade das culturas que acolhe. São os estrangeiros que nos acolhem nesta casa que não é deles... e por isso mesmo nos recebem tão bem. Mas no final não são os estrangeiros que queremos encontrar. Não são as outras culturas que queremos ver, pelo menos não ali. Desenraizadas, perdidas numa vida onde o salário é o único elo de ligação à cidade. Interessante como percebemos que não é nelas que nos reconhecemos e não são elas a nossa companhia. Procuramos os europeus, os verdadeiros Londoners com os quais sentimos partilhar algo em comum, uma identidade própria que ultrapassa as fronteiras dos nossos países mas não as do continente. É a europa que nos une. E foi ela que eu não encontrei. Talvez as minhas expectativas fossem erradas em ir em busca de um ambiente familiar, de um contexto outrora de intercambio, num local onde a diversidade ofusca quaisquer laços e cria apenas uma manta de retalhos por coser.

A nossa vida não são as cidades ou os espaços. Esses enquadram-se facilmente no nosso padrão. As pessoas são o mais difícil nas cidades, como em tudo afinal. São elas que marcam as nossas experiências e carimbam as nossas vivências.

Vivi Londres cidade exaustivamente... e fiquei-me por aí.

segunda-feira, junho 25, 2007

Jogo de paciência

Mas será que existe alguma linha telefonica de apoio de algum serviço público ou empresarial onde o cliente nao necessite de esperar, no mínimo 5-10 minutos??

E que tal um serviço com toda a informação necessária ao alcance de um clique? Sem ter de telefonar para a linha de apoio para nos darem informações que não estão escritas em mais lado nenhum nem visíveis nos sites!

Quando é que o cliente passa de facto a ser autónomo sem ter de se deslocar aos balcões para preencher meros formulários que poderia enviar por mail ou fax?

domingo, junho 17, 2007

sábado, fevereiro 24, 2007

20 signs that tell you that you have grown up!

1- 6:00am is when you get up, not when you go to bed.
2- You actually eat breakfast food at breakfast time.
3- Dinner and a movie is the whole date instead of the beginning of one.
4- Jeans and sweater no longer mean quality as “dressed up”.
5- A 4 euros bottle of wine is no longer “pretty good stuff”.
6- You don’t know what time McDonald’s closes anymore.
7- If you find one open, eating a basket of chicken wings at 3 am would severely upset, rather than settle, your stomach.
8- Your friends are all “old friends” and couples, instead of new friends and single.
9- Now they marry and divorce instead of “hoop up” and “break up”.
10- And you have been to more weddings than you can remember.
11- You find baby socks just lovely and sweet and you became an experte in baby size of clothes as there's always a present missing for a new baby coming among your family and friends.
12- 90% of the time you spend in front of a computer is for real work.
13- You go from 120 days of holidays to 20.
14- You check out the weather before planning anything.
15- You keep more food than beer in the fridge.
16- Your houseplants are alive, and you can’t smoke any of them.
17- The couch is no longer a great place to fall asleep as you wake up with a severe backache.
18- And having sex in a single bed is out of question.
19- You read this entire list looking desperately for one sign that doesn’t apply to you and can’t find one.
20- Then you pass it on to a bunch of old friends because you don’t want to be alone!

So, how many have you checked?

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O misterioso poder da clandestinidade

A defesa da liberalização do aborto é para mim, muito semelhante à defesa da liberalização das drogas. O que mais me choca no conjunto de argumentos apresentados não é ouvir defender o direito e a liberdade individual para praticar estes actos. Posso ou não concordar com esse direito, mas reconheço que é um argumento aceitável. O problema é que geralmente o principal motivo apontado para a liberalização destes actos é o facto de eles terem consequencias nefastas e sobretudo serem cometidos na clandestinidade, em último caso podendo até levar à morte. Como se cometer um crime na clandestinidade tivesse mais poder e fosse merecedor de mais respeito do que cumprir a lei! A clandestinidade choca mais as pessoas que a próprio crime!!

Não posso aceitar que uma sociedade que tem regras e leis que são cumpridas pela maioria, se veja obrigada a alterar essas mesmas regras em função de uma minoria que actua à margem da lei e pasme-se, tem maus resultados por isso!
Uma pessoa que pratica um acto ilegal tem de assumir as consequencias, ainda mais se implicam a sua morte... é ela própria que se coloca nessa situação!! Se eu andar a 200 Km/h e tiver um acidente não me posso queixar que a culpa é da estrada que não está preparada para eu andar a tal velocidade! E então mudamos a estrada? Se um ladrão for alvejado ou preso ao assaltar um banco não posso querer que um assalto passe a ser legal porque os ladrões correm o risco de morrer ou de ir para a cadeia. Se um toxicodependente morrer de overdose não posso culpar a sociedade porque não lhe deu condições para se drogar em segurança nas doses correctas e com a pureza da droga ideal! Viver à margem da lei e cometer um crime não pode ser considerado aceitável ou pior ainda, ser transformado em opção só porque traz consequencias nefastas. Como se a clandestinidade fosse uma prova de que cometer esse crime é uma fatalidade, uma coisa tão inevitável que não cometer o crime é quase anti-natura! E por isso os desgraçados, privados do direito aos seus instintos, são atirados para a clandestinidade! cometer actos ilícitos ou crimes não é uma fatalidade e a prova disso é que a MAIORIA das pessoas não pratica actos clandestinos, é sensata e vive segundo as regras sociais, independentemente de todos os condicionalismos e circunstâncias da vida. É essa a sociedade que deveriamos construir - a da responsabilidade e não a da ignorancia e da desresponsabilização das pessoas que são adultas e liberais para umas coisas, como p. ex. manter uma sexualidade activa na adolescencia ou consumir drogas, mas depois incapazes de assumir as responsabilidades que esses actos exigem e as consequencias dos mesmos, como usar contracepção ou prevenir comportamentos de risco. É isto que queremos perpetuar ao colocar-nos do lado desta minoria inconsequente? E dizer à maioria que afinal o erro e o crime são aceitáveis... o que não é aceitável são as consequencias do crime... isso não, não podemos aceitar que se morra a cometer um crime!!! E de tal maneira que em vez de evitarmos que se cometa, vamos remediar a situação criando facilidades para o cometer nas condições ideiais! Bom, e já agora para o tornar numa opção de vida! E esta sociedade, em vez de premiar os normais, cumpridores e verdadeiramente adultos, reforçando essas atitudes como as correctas e positivas, rende-se completamente às únicas pessoas que não são capazes de viver segundo as suas normas, que jogam inconsequentemente com a vida e com os direitos e deveres da sociedade, que colocam em causa as boas práticas, que defrontam a lei, e ainda por cima recebem mérito por isso! Queremos ensinar aos nossos jovens o poder da justiça que coloca na cadeia o criminoso, ou o poder da nossa incompetência e fraqueza que passa a contemplar o crime como um direito do criminoso?

Pode-se defender a liberalização do aborto pelo direito à liberdade de escolha.
Pode-se defender a despenalização do aborto por se considerar um exagero da pena. Agora defender que temos qualquer obrigação perante a clandestinidade, que não seja apenas evitá-la e controlá-la e, vergados aquilo que consideramos a fatalidade da sua existência mudarmos tudo, inclusivamente as regras e os valores que essas novas regras vão passar a transmitir às novas gerações, é perfeitamente inaceitável.

domingo, janeiro 28, 2007

Incongruências

Esta Sociedade que se mobiliza chocada contra um pai biológico que rejeita o seu filho e abandona a companheira grávida,
é a mesma Sociedade que quer criar condições ideais para permitir que uma mãe faça exactamente o mesmo, rejeitar os seus filhos e abandonar qualquer sentido de responsabilidade dos seus actos.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

A Foggy Day (In London Town)

I was a stranger in the city
Out of town were the people I knew
I had that feeling of self-pity
What to do? What to do? What to do?
The outlook was decidedly blue
But as I walked through the foggy streets alone
It turned out to be the luckiest day I've known

A foggy day in London Town
Had me low and had me down
I viewed the morning with alarm
The British Museum had lost its charm
How long, I wondered, could this thing last?
But the age of miracles hadn't passed,
For, suddenly, I saw you there
And through foggy London Town
The sun was shining everywhere.


Michael Bublé

sábado, janeiro 20, 2007

London on my own




If you can manage in London
alone
... you can manage anywhere!












London is so ready to receive you when you go on your own
That you don´t realize how unready you are to live there alone.

domingo, janeiro 14, 2007

Cidades com rosto



Incrível como diferentes pessoas podem ficar com impressões tão diversas sobre a mesma experiência no mesmo local...tudo depende de quem somos, as expectativas que levámos, o que fomos lá fazer, o timing escolhido e principalmente quem encontramos. As cidades são feitas sobretudo pelas pessoas e no fundo são elas que vão marcar e definir as nossas memórias.
O resto são pormenores...

domingo, janeiro 07, 2007

Tripping Over















"It´s not where you´re going,
it´s who you are when you get there".

And most of the times you are just the same...

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Destiny

















"You will travel far and wide,
both pleasure and business."

Fortune cookie
29/Dec/2006

domingo, setembro 24, 2006

Arte efémera











Interessante participar e assistir à criação e decomposição de uma obra de arte que dali a 1 hora já não existe!

sábado, setembro 16, 2006

Ainda não é desta...

Bem me parecia que devia haver maneira de sobreviver sem um MP3...

Afinal existem os computadores e as rádios on-line... esses sim vão comigo!


De alguma maneira a tecnologia puramente supérfula incomoda-me... e o dinheiro que se consome nos seus avanços incomoda-me ainda mais! Mas também não posso deixar de reconhecer que esses mesmos avanços são fascinantes!

domingo, setembro 10, 2006

Tecnologicamente impossível fugir!

E não é que acabei por concluir que precisaria de comprar um leitor de MP3???

Bem tentei mas não é mesmo possível fugir às tecnologias.

sábado, setembro 02, 2006

Não gosto que (todos) me conheçam...

Incomoda-me o facto de as pessoas que me atendem sentirem que me conhecem... e para isso basta ir ao mesmo local mais de 3 ou 4 vezes. Prefiro ir aos hipermercados com atendimento profissional mas simpático que ir comprar o pão ao quiosque da esquina onde a dona nos cumprimenta amavelmente demais. Prefiro saltar de cabeleireira frequentemente a ter "a minha" cabeleireira... prefiro ir a outra farmácia a ir aquela lá da rua onde já todos sabem quem sou. Raramente frequento o mesmo restaurante. Não gosto de comprar na mesma papelaria ou nas lojas perto de casa. Parece que se cria um elo que nos compromete e nos faz sentir em obrigação para com aquela pessoa, aquela loja. Como se nos sentissemos obrigados a ser fiéis à imagem que rapidamente constroem de nós; como se a cada gesto, a cada compra, a cada peça de roupa experimentada, nos estivessemos a expor à mais detalhada análise da nossa personalidade e estilo de vida.
É estranho não preferir pessoas que conheçam os meus gostos, formas de ser e agir que possibilitam um atendimento mais personalizado. Na maior parte das situações não gosto desta sensação de posse, de ter a "minha..." e prefiro uma alternativa bem mais impessoal. Acho que me dá uma sensação de liberdade de escolha, sem compromissos.

Incomoda-me o facto de pessoas construirem o meu perfil através de uma conversa ou uma troca de mensagens. E incomoda-me mais ainda quando acertam. Por vezes afasto-me quando parecem conhecer-me um pouco mais. Como se de repente tivesse perdido todas as minhas máscaras de protecção e me sentisse desnudada e desprotegida. Previsível.
Sensações reservadas apenas para esse alguém especial, para uns quantos, poucos... presumo. De outra forma, quem não gosta de ser compreendido, conhecido?

Acho que gosto mais do desconhecido, da não descoberta... do sorriso desse alguém que nunca vi e provavelmente não mais vou ver, das palavras de circunstância, do implícito do momento...
...e de tudo o que ficou por dizer.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Receita mágica

Há duas coisas essenciais para o sucesso com qualidade:
boa gestão e motivação!

terça-feira, agosto 01, 2006

A propósito...











Ele também entra!

Separados de fresco


"... the issues between Brooke and Gary are very real. It happens in everyday lives. There is nothing dramatic, and it could be just as simple as doing the dishes, or buying a few lemons. I don't want to have to ask my husband to help me with the laundry or cleaning. This is our family, our house, our laundry, and he should voluntarily offer his help.
Somehow, this concept is very difficult for guys to understand.
"



"...she was hopeful that thinking about the possibility of losing her, he would regret his behaviour, apologise and change. This is an impossible dream that girls keep believing in.
Somehow, this concept is very difficult for girls to understand
."

quarta-feira, julho 05, 2006

Home...

Another summer day
Has come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home

Maybe surrounded by
A million people I
Still feel all alone
I just wanna go home
Oh I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
“I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I’m lucky I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
I’m just too far
From where you are
I wanna come home

And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
And I know just why you could not
Come along with me
But this was not your dream
But you always believe in me

Another winter day has come
And gone away
And even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by
A million people I
Still feel alone
Oh, let go home
Oh, I miss you, you know

Let me go home
I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home


Michael Bublé

quinta-feira, junho 29, 2006

Capas negras

Regressei à Faculdade de onde saí há quase 5 anos. Por 3 meses vou percorrer os mesmo corredores de quando era aluna, de quando me sentia parte da mobília afinal. Agora olho para os mesmos locais, as mesmas pessoas atrás dos balcões e sinto... nada. Cruzo-me com os estudantes em conversas sobre os exames, páro em frente aos placards a olhar as notícias de cada ano, olho por entre os vidros da associação e visito o salão de alunos. Tudo me parece tão remoto nas memórias do meu passado tão recente... saudades, nenhumas. Sinto um alívio de felicidade por já não pertencer aquele mundo, orgulho-me de atravessar por entre capas negras com o meu estatuto de profissional activa.
Cruzo-me com os antigos colegas, com ar adulto, responsável... estão diferentes... estamos diferentes e a assistir às etapas da nossa mudança.

A Faculdade... o que parecia o grande final de uma etapa, o grande objectivo de vida, a última fase... é apenas um nada, uma gota de água no grande oceano da vida que se aproxima... a verdadeira. Não é um ponto de chegada, antes um ponto de partida, um caminho, uma ponte.

Ser estudante é tão decisivo quanto inútil, tão marcante quanto insignificante... tão cómodo quanto desajustado e frustrante.

É ser gente e ser ninguém durante a fase dos sonhos, das lutas e paixões.
É crescer à solta... é viver afinal... mas num mundo de ilusões.

sábado, maio 06, 2006

Penfriend...

People come into your life for a reason, a season or a lifetime...

Mae Liza

domingo, março 26, 2006

Racionalidades

Por ser tão racional transformei-me em cobarde...

É apenas mais uma forma de egoísmo, esta de nada fazermos por medo de nos prejudicarmos. Pousamos as armas assim que nos acenam com ameaças e questionamos o sentido da luta. Para quê? Para os outros, pelos outros? A conclusão é sempre a mesma... não vale a pena.
Não há valor nobre algum que nos demova desta inércia porque nada é mais nobre que o nosso bem.

... Por ser tão cobarde, compactuo na mesma indiferença que me consome a alma...

terça-feira, março 14, 2006

Uma questão de escolha...

Caminho por corredores vazios de paredes transparentes que se cruzam com o sol da manhã. No chão reflecte-se a raiva de não poder correr a passos gigantes, com tacão de novos horizontes... tudo o que ouço é o silêncio da ladainha que se repete dia após dia nas conversas ocasionais entre a multidão. Essa multidão que venda os olhos para seguir na única direcção que tem coragem de conhecer... a da conveniência. E que cega a vista de quem se atreve a espreitar pelos cantos a dizer que viu.. que vê... e que queria aprender a ver bem mais além.

Páro a olhar... as hélices do helicóptero lá fora espalham as folhas que esvoaçam pelo ar... folhas soltas de um capítulo da vida que se constroi dia após dia sobre os alicerces da mesma mágoa. A vida é feita de etapas mas todas elas reflectem as mesmas escolhas e convicções. É essa a mágoa. De não ter coragem para mudar o rumo das escolhas, embora as convicções sejam sempre as mesmas. Os resultados também são sempre os mesmos... desencanto.

Desisto... nem sei bem de quê. Acho que sempre fui desistindo. Ouço as palavras que me soam tão amargas como o café que engulo sem gosto: "Vale a pena... vale sempre a pena", dizem-me com a doçura de uma experiencia dedicada... mas o que sinto é um trago de desilusão que me desafia.

Vou sensivelmente a meio... a meio do que pode vir a ser tudo ou do que pode vir a ser nada. Relembro o que está para trás e imagino o que virá. O que passou não é muito diferente mas o que está por vir pode ser. Posso continuar na multidão a espreitar... ou perder-me de vista e ir sozinha.

É esse o desafio. Sempre foi e em cada etapa será sempre essa a essência da escolha.

A grande batalha por que busco, afinal está diante de mim todos os dias...

sábado, janeiro 21, 2006

Prazo de validade

Este blog ultrapassou os 2 anos de existência... essa faixa temporária pela qual a minha vida parece reger-se nos últimos tempos.

Parece que tudo se organiza para funcionar por 2 anos... os objectivos, os sonhos e lutas, os espaços, as pessoas... Depois tudo muda, aliás tudo tem mesmo de mudar. O entusiasmo tem prazo de validade e de repente começo a cansar-me da previsibilidade dos dias. E de facto tudo tem mudado... de 2 em 2 anos.

Estou a iniciar o 3ºano de uma nova fase... altura de mudar de rumo. Preciso sair do plateau da curva para voltar ao zero... começar de novo. Experimentar de novo.

Preciso respirar novos ares...
Oxalá...

sábado, dezembro 24, 2005

Boas Festas

Um Natal muito feliz em família
e que o Pai Natal passe o turno ao
Ano Novo para não se esquecer de trazer em 2006
tudo o que faltou este ano!!

:-))

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Em série...

Hoje em dia as lojas são todas iguais... aqui e em todo o mundo. Nenhum presente é de facto especial... nem mesmo os que compramos para nós.
Perdeu-se o interesse de ir aquele local só para ver determinada coisa, comprar aquela lembrança, experimentar aquela roupa... objectos que existiam só ali, lojas que nasceram naquele local, nos atraiam e obrigavam a deslocar.

Perdeu-se a simbologia das coisas e o ritual da compra... que representava o sonho realizado de ter estado lá... e a prova era aquela lembrança que era de facto a única memória do momento e do local. Para ter outra, só mesmo regressando.

A massificação aproximou-nos... mas agora estamos tão perto de tudo que se perdeu o encanto do ir. E quanto mais opções temos, de facto menos nos restam porque são todas iguais.

... é tudo igual!...
Aqui e onde quer que seja!

sexta-feira, novembro 18, 2005

A saga dos professores

1- Já aqui coloquei uma vez um post em defesa dos professores na sua vida errática por esse país fora, mas desta vez fiquei abismada em saber que o seu horário de trabalho efectivo é de 22 horas semanais - horário lectivo!!! 22h semanais?? Quem é que trabalha apenas 22h semanais? Gostava mesmo de saber... digam-me a vossa profissão se tb partilham deste preenchido horário semanal! O horário completo é de 35h mas blá...blá...blá... ninguém cumpre rigorosamente, certo? Sou eu que estou deslocada ou quem é que trabalha apenas 35h semanais? O horário normal não é de 40-42h? E as horas restantes são para prepararem aulas, exposições, passeios, aulas de subsituição... pasme-se!! Horas contempladas no horário para essas coisas???? Agora reclamam por terem que cumprir o horário na escola... significa que iam para casa então nessas horas...
2- Depois reclamam por terem muito trabalho de casa para prepararem aulas e corrigirem testes... ora isso não está contemplado no horário? De qualquer forma trabalho de casa toda a gente tem nas suas profissões e não me parece que haja mais alguma em que esteja contemplado horário para preparar o trabalho do dia a dia. É sempre feito em horas extra em casa, aos fins de semana, mesmo até nas férias!

A profissão de professor pode ter multiplos defeitos, pode haver multiplas queixas sobre as condições de trabalho e horários mas sinceramente os argumentos que actualmente usam não me parece que dignifiquem muito a classe, sobretudo quando evidenciam os horários efectivos de trabalho. Já para não mencionar os multiplos períodos de férias ao longo do ano.
Na questão de horários e seu cumprimento devem ser a classe mais beneficiada!!! Usarem esse tipo de argumentos só coloca a opinião pública de pé atrás...tal como eu fiquei!!

terça-feira, setembro 20, 2005

Em viagem

Foram 19 dias de descobertas e certezas... Surpreendi-me por estar à espera de mais e por não esperar tanto. Muitas emoções, algumas saudades... mas pouca vontade de regressar.
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sábado, setembro 03, 2005

Choque ambiental

Interessante como o ambiente do qual nos rodeamos altera a visao que temos das coisas, do mundo e dos outros. E rapidamente alteramos a nossa posiçao relativa, de um extremo para o outro!!!

Se me sentia diferente por ser a unica a querer voar mais longe, por ser quem tem uma serie de destinos que enquadrei como metas e uma atitude que nao me deixam assumir com orgulho.... nesses destinos sinto-me diferente por ser a que voei por mais perto, por menos destinos mas com orgulho imenso do pouco que ja consegui conquistar. E fico rodeada por pessoas que ja fizeram muito mais, ja viram muito mais, e tem como metas aquilo por que eu luto todos os dias, sempre na duvida de estar a pedir o impossivel!

A minha duvida passa agora a ser outra... em que direccao sigo? Procuro ir ao encontro dos que vao bem mais na frente (exageradamente depressa, sera?) ou abrando o passo para acompanhar os que ainda vao bem mais atras ( exageradamente devagar, de certeza!)?
Sinto-me no meio e era suposto isso ser o ideal... mas olho para os dois lados sem saber para onde ir.

Acho que vou continuar a percorrer uma perpendicular equidistante dos topos que va ao encontro nao das metas dos outros ou pelo percurso dos outros, mas da meta que eu tracei e pelo percurso que eu vou construindo no dia a dia...
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domingo, agosto 21, 2005

Saudades de Agosto

Não tenho saudades deste blog... não tenho saudades de mim neste blog. De me encontrar de frente com as minhas palavras... que são as únicas palavras.

Tenho andado ocupada... atarefada com a realidade. Já há muito tempo que não reservo Agosto para férias e por isso este mês que deveria ser de sol e descanso transforma-se sempre numa maratona de trabalho.

Tudo me vai passando ao lado...a família que parte para aldeia, aldeia que eu não visito há alguns anos... as festas da família que vai crescendo e eu mal conheço os novos elementos... a praia onde já não me lembro de ir pela última vez, as noites quentes de Verão, os sonos prolongados de fim de tarde...
Estou a guardar tudo para Setembro, altura das férias... férias que eu não decido, deixo que seja o trabalho a decidir o meu destino e tento prolongar a estadia aliando o útil ao agradável. Gosto que seja assim... gosto de não decidir para onde vou, mas ir em busca de algo, em função de algo, com um objectivo, com um rumo e não apenas só com um destino.

Mas em Setembro a aldeia já está vazia... as festas já passaram, a praia já não tem sol e as tardes arrefeceram. Em Setembro desencontro-me com os outros enquanto vagueio à procura do que eu escolhi... do destino que quis não escolher.

E mais uma vez Agosto me passa ao lado... e eu continuo a viver a vida ao contrário...
Será que vale a pena?
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quinta-feira, julho 07, 2005

Closer

Cannonball

There’s still a little bit of your taste in my mouth
There’s still a little bit of you laced with my doubt
It’s still a little hard to say what's going on

There’s still a little bit of your ghost your witness
There’s still a little bit of your face i haven't kissed
You step a little closer each day
That i can’t say what's going on

Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life, it taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball

There’s still a little bit of your song in my ear
There’s still a little bit of your words i long to hear
You step a little closer to me
So close that i can't see what's going on

Stones taught me to fly
Love, it taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannon...

Stones taught me to fly
Love taught me to cry
So come on courage
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall
And i don't wanna scare her
It's not hard to fall
And i don't wanna lose
It's not hard to grow
When you know that you just don't know

Damien Rice
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terça-feira, junho 14, 2005

Music in a foreign language

Por vezes apaixono-me por um livro ou um album e quando vou em busca de toda a restante obra surpreendo-me com a desilusão! Já sabemos que é fácil desiludirmo-nos com os autores em si, cuja pessoa não reflete muitas vezes o interesse das suas obras. Mas espanta-me a diferença de interesse entre essas várias obras. E como sabemos distinguir tão bem que é aquela específica que gostamos, que na totalidade apenas aquela e só aquela em particular se destacou tanto das restantes. É aquele momento que sentimos, aquela música, aquelas frases, aquela história. Tudo o resto é do mesmo, em tom semelhante, com forma parecida mas não é o que procuramos. E foi muitas vezes a sorte de cruzarmos com a obra mistério que permitiu conhecermos tudo o resto. Fosse noutro momento e passar-nos-ia indiferente!

Tantas e tantas coisas nos passarão indiferentes só porque não nos encontramos naquela frase, naquele olhar, naquele som... e perdemos a oportunidade de conhecer a anterior... a próxima que se calhar nos iria apaixonar! Temos oportunidades potenciais em tudo... em todos!

Assusta o facto de nos podermos apaixonar pela parte certa no todo errado!
Assusta o facto de não podermos seleccionar as partes certas para construir um todo apaixonante!

Assusta o facto de ser tudo uma questão de sorte!

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quarta-feira, junho 01, 2005

Traçar objectivos

Basta um pequeno objectivo delineado sem grandes elaborações para deixarmos de vaguear sem rumo... a indiferença parece desaparecer e tudo se transforma à sua volta. Pode ser um curso, um exame, um emprego, uma casa, uma relação, uma família... algo que passe a ser um alicerce... e também uma bengala que nos ajuda no percurso. Os sentidos reorientam-se nessa única direcção e cada passo adquire um significado passando a ser dado com o valor de uma contribuição. Parece que a vida ganha cor!

Sempre precisei de ter desafios, mudanças... e sempre a muito curto prazo para não desmorecer... se calhar o que eu sempre precisei foi de objectivos que me dessem um rumo.

Temos pouca ideia por que é que cá estamos... mas se formos arranjando alguns objectivos ao longo da vida provavelmente ficaremos com alguma ideia do que é que andamos cá a fazer. É pouco no meio do universo... mas se for o nosso universo nessa altura passará a ser tudo...
... o que precisamos!


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domingo, maio 15, 2005

Sempre os mesmos...

Somos iguais em tudo... cada faceta da nossa vida retrata a nossa personalidade. A forma como nos comportamos com quem amamos é incrivelmente semelhante à forma como nos comportamos com a nossa equipa de trabalho. O estar, o sentir, o partilhar, o olhar... é sempre igual! O papel que procuramos para nós é o mesmo adaptado a cada circunstância. Os sonhos são os mesmos. As limitações iguais! Embora não pareça, lá no fundo o resultado também acaba por ser semelhante!

E quando aprendermos que não podemos fugir de nós mesmos passaremos a programar a vida de outra forma...
Passaremos a contar connosco... como somos.


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domingo, maio 08, 2005

Alguém

Alguém conhece alguém que faça análise estatística de dados em SPSS?
Que esteja disponível para aceitar alguns trabalhos ou para dar explicações?
A um bom preço?
No Porto?

É que eu desisto de tentar aprender sozinha!! Já esgotei a minha paciência e sobretudo o meu tempo!

Alguém??

:-)

sábado, abril 16, 2005

Amargo de boca

Até quando esta amargura que vai e volta?
Que se esconde por detrás dos momentos efémeros de alegria
E regressa para consumir tudo o que sobrou...

sábado, março 26, 2005

Choque tecnológico

Começo a ficar rodeada de aparelhos miniatura de cor prateada que cabem numa mão... a minha secretária está atafulhada de fios e cabos de ligação. A minha carteira está cada vez mais tecnológica... artificial demais.

Estou a ficar cansada desta linguagem de símbolos e botões onde as letras são gráficas, os números são todos iguais e as teclas têm todas os mesmos sinais.
Sinto o meu espaço invadido pelos aparelhos que eu própria decidi comprar.

É um verdadeiro choque... tecnológico!

domingo, março 20, 2005

Tentar

Há alturas em que não me basta tentar... começo a perceber que tenho de ter certezas à partida e pelo menos acreditar que é possível. Nunca consegui terminar aquilo em que não acreditava... e que ia tentar. As coisas não mudam, o tempo não estica, as pessoas não se modificam. A tentativa não torna real aquilo que não o pode ser desde início. Tentar à espera que a sorte torne as coisas possíveis é perda de tempo... é uma frustração evitável.
Mas não será maior a frustração de não tentar...? apesar de tudo? Tomar isso que ficou a meio não como uma derrota mas como uma conquista...

Como posso saber em cada momento se sigo pelo caminho do sonho impossível ou pela estrada da realidade segura?
Confiar na sorte?
Ouvir o destino?
Apostar no risco?

Simplesmente... tentar...

sábado, março 05, 2005

Timeout

"I think to myself
Time is so unfair...
Life goes by in the blink of an eye,
And I wonder if I´m breathing too fast.
My heart is screaming for something!

All I need is a timeout
Timeout from everything...

I am young and I want to believe,
That life is a passion
That we are free to climb any wall
And rise after every fall.
I´m searching for something...

All I need is a timeout,
Timeout from everything...

I would like to stop for a minute...

All I need is a timeout,
Timeout from everything..."

Ezspecial


Want to believe that life is a passion...
Want to breath too fast, climb any wall and rise after every fall
No timeout...
Just that something...


Wellcome again Ez!

domingo, janeiro 23, 2005

No dia em que fugimos tu não estavas em casa

"Acordar de manhã e olhar-me ao espelho. Ver-me nele, quieto, mudo, de gesto igual todos os dias. A mesma imagem repetida, o mesmo rosto, a mesma face bucólica, a lâmina fria e afiada apontada a mim. Quantas caras estranhas, quantos sorrisos benignos, quanta ânsia em te ter na palma desta mão ...
Está a ficar frio ou então sou eu que gelei mesmo com calor lá fora. não me sinto, sei que existo porque ainda não perdi a coragem de olhar para este espelho, mas não me sinto. Chego-me mais perto desta imagem imóvel, agora mais serena, húmida, onde despejo todo o vapor que guardei na minha boca para te desenhar com pormenor. Primeiro o teu nome... a tua alma que patina alegre no meu vapor.

Escrevi o teu nome em todas as paredes...Como sempre, foi pouco para ti. Porque eu saibo-te a pouco, porque eu saibo a nada, porque eu não existo, pronto. Não te vejo, mas sinto-te. Não estou contigo, mas tu estás aqui. Dentro de ti está tudo muito escuro, mas aqui deste lado, enquanto o primeiro sol da manhã me entra pela janela como se fosse uma brisa muito fresca, o tempo está claro. O teu cheiro está sediado na minha alma. Não adianta disfarçar. Não vale a pena. Chorei tudo o que havia nos meus olhos, não existe mais nada aqui. estou seco, como naqueles dias em que acordas com o deserto na boca. Vivo todos os dias contigo mas tu não. Vives sem mim e isso irrita-me... Tu és o barco que corre sem misericórdia, para o mesmo sítio de todos os dias. Eu sou esse mesmo que te perdeu no cais do embarque, tu és aquela que nunca me esperou. "

Fernando Alvim (quem diria!)


sexta-feira, janeiro 14, 2005

Sorte...mistério... ou destino?

As perspectivas reunem passado, presente... o futuro, quem sabe!
Quem sabe se hoje não será desta vez?
O primeiro dia do resto da minha vida...