quinta-feira, dezembro 30, 2004

Resoluções de fim de ano

Rapidamente se passou um ano. No final de contas pouco mudou. Eu também pouco mudei. Não sei se isso é bom ou mau. Continuo com os mesmos defeitos... ou feitios. Continuo com os mesmos sonhos...não concretizados. Continuo com a mesma garra... inconformada. Alguns objectivos foram-se perdendo pelo caminho mas continuam ao alcance. Algumas pessoas não estão ao alcance mas não ficaram perdidas.

No final de contas resta-me a mesma resolução de todos os anos: chegar ao fim do ano e ter resoluções para tomar!

UM EXCELENTE ANO NOVO
REPLETO DE FELICIDADE!
:-)


sábado, dezembro 25, 2004

Prenda de Natal

Saí ontem pela manhã, a estrada vazia... ao fundo adivinhavam-se as cores das nuvens espelhadas no mar e quase se ouvia o som da mare. Ao lado prédios ainda de olhos fechados, candeeiros a apagar no início do dia de ponte para a Consoada. A ida é sempre triste, solitária... repensamos tudo e pomos em causa muita coisa. O ir, sobretudo. Próximo começamos a ver algum movimento e percebemos mais tarde que não somos os únicos... para os outros. Pequeno o consolo. Estamos lá. A família passa a ser outra... cúmplice no olhar de resignação. Os presentes são de sorteio e a mesa de partilha.
Regressei hoje... pela manhã. Fui confirmar a cor das nuvens e receber a prenda do mar.
Tudo calmo. É Natal.
Trabalhar no Natal é privilégio de poucos... talvez... quem sabe.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Ao sabor da maré...

Costumo dizer que sou bastante flexível... geralmente adapto-me bem aquilo que me é oferecido e comporto-me em conformidade com isso. Se sinto apoio, interesse, entusiasmo, se estamos todos a trabalhar para o mesmo e para resolver os problemas, então o meu contributo é pleno. O empenho é total e estou disposta a sacríficios máximos. Ultrapasso as obrigações e passo a ser parte da solução.
Se por outro lado sinto que remo sozinha, sem apoio, sem motivação; se vejo que ninguém está interessado em soluções, que os problemas se multiplicam sem ninguém se demonstrar grandemente afectado, então sou também eu investida de uma indiferença atroz. Passo a cumprir obrigações e transformo-me em parte do problema.

É tudo uma questão de opção. Geralmente a opção não é minha mas acaba por me ser imposta. Talvez seja eu a impo-la a mim própria quando percebo mais uma vez que força e entusiasmo não conseguem resistir eternamente a novelos emaranhados.

Não sei por que me continuo a atirar para batalhas perdidas onde a única vitória é o sonho de querer tentar...

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Profissão curiosa

É impressão minha ou quando os polícias armados em sinaleiros estão a controlar o trânsito, tudo anda mais devagar e as filas prolongam-se ainda mais?

A propósito... polícia é uma profissão curiosa... servem para tudo e não servem para nada!

segunda-feira, novembro 22, 2004

O verdadeiro factor X

Parece que afinal se descobriu uma forma eficaz de alertar sobre os malefícios do tabaco... e era tão simples! Pois não é que alguém descobriu que o tabaco tem pesticidas cancerígenos?? O tabaco pode ser cancerígeno...quem diria que tal seria possível!! Foi um choque!!
As restantes dezenas de produtos comprovadamente cancerígenos que compõem o tabaco não interessam para nada e nunca foram motivo para o retirar do mercado, mas uns pózinhos de pesticidas (que devem fazer uma diferença no meio de todos os outros compostos!!)são quase motivo de processo em tribunal!
Portanto, mais eficaz que todas as campanhas anti-tabágicas, muito mais chocante que todas as mortes por cancro atribuíveis ao tabaco, a presença de pesticidas vai ser talvez o factor determinante para muitos deixarem de fumar! Para cúmulo dos cúmulos poderá vir a ser determinante para retirarmos alguns produtos do mercado!
Por isso agora já sabemos... sempre que quisermos sabotar um produto maléfico e não conseguirmos de outra forma, acenamos com um cheirinho de pesticidas e está montado o circo!!
E esta hein?

sábado, novembro 13, 2004

A arte da fuga

Por vezes preciso fugir... fugir do que me rodeia e ligar-me ao mundo. Ao mesmo mundo que o meu! Abrir as portas da minha realidade e deixar entrar ventos de novidades. Preciso sentir a nossa pequenez... para perceber que não estamos sós. Que à volta outros fazem o mesmo, da mesma forma, com as mesmas lições, vivendo as mesmas emoções... trabalham connosco.
Essa é a novidade... são iguais a nós!
E é nessas alturas que parece que voamos para o universo e nos olhamos de muito longe, como um ponto minúsculo ao lado de muitos outros. E assim nos reconhecemo-nos... não como únicos que nos deixamos ser... mas como uns de muitos que em nos deveríamos manter!

Preciso partilhar... e ver o meu mundo, o nosso mundo pelos olhos dos outros!

sábado, outubro 23, 2004

À descoberta do Metro

Não fui eu que disse:

"O site do Metro do Porto é simples, explicativo e eficiente. O Metro do Porto é tudo menos isso... é preciso ganhar coragem para viver a aventura real no terreno. O essencial é aprender na véspera. Para já fique a saber que o metro do Porto não tem bilhetes, só andantes. O Andante é um cartão que pode ser recarregado consoante as viagens ou o tempo desejável. Para que existe o Andante? Para nos esquecermos dele em casa e termos de pagar para comprar o novo. A validação do bilhete do Andante exige uma licenciatura comparável à de Física quantica, mas nem isso será suficiente para chegarmos a horas à Senhora da Hora. Porque ainda falta interpretar os mapas das estações (quem chumbou a Cartografia está perdido). Apesar de só uma das quatro linhas projectadas funcionar, os mapas actuais já incluem todas as possíveis ligações imaginadas para cada uma das estações, criando uma teia de eixos, entroncamentos e interfaces que é o início de uma bela enxaqueca. A compra do Andante é um acto de cerca de dez minutos de comprensão, 15 minutos de execução, mais trinta minutos de lamento pela aquisição do bilhete errado, e uma hora de pânico dentro da carruagem em transgressão, com os fiscais à perna. Existe uma linha de apoio, mas não garante o devido acompanhamento psicológico."

E não concordo!

Naquele dia de tempestade fui obrigada e desviar caminho porque o "túnel" estava encerrado. Seguia paralela ao meu local de trabalho mas separada por uma auto-estrada que não sabia como atravessar. A uns escassos metros de distância não fazia ideia como chegar ao destino bem ali à minha frente! Há quase 1 ano a trabalhar nesta zona e a única coisa que conheço é o trajecto pela VCI e a saída de ligação! Desleixo meu, bem sei. Mas esta cidade ainda não me despertou curiosidade suficiente para me atrair para o seu interior. Nem sequer de Metro que a travessa por inteiro e me daria uma orientação mais precisa. Se bem que depois de ler opiniões como estas, já tinha desistido mesmo antes de tentar!
Vejo o Metro quase todos os dias e quase sempre tenho de parar para o deixar passar. Nunca o tinha experimentado. Pois neste dia foi a minha salvação! Segui em frente e estacionei o carro perto de uma paragem, sem saber muito bem onde estava. Sabia que estava ali o Metro e isso bastava. Ele iria levar-me e trazer-me de volta. Foi desta certeza que mais gostei. O Metro tem esta capacidade de nos fazer sentir seguros, apesar de estarmos perdidos em qualquer canto desconhecido. Aqui ou no resto do mundo. Seguimos as linhas, planeamos ligações, descobrimos paisagens intermédias. E podemos sempre voltar atrás e começar tudo de novo. Temos a certeza de chegar.
Seria bom se nos pudéssemos orientar assim na vida... percorrer linhas seguras, com trajectos definidos, onde o nosso destino estivesse ao alcance de um Andante recarregável que nos desse a certeza de chegar!

sábado, outubro 09, 2004

Fotografia da alma

A máquina passou a acompanhar-me cada vez mais... passei a esperar pelo imprevisível, ganhei o gosto pela sorte do momento.
E também por isso noutras ocasiões consegui tocar a superficialidade... senti-la como um choque que nos abana. Mas afinal o que é que acabei de fotografar? Algo que nem sequer tive tempo de ver em pormenor! Tocar, pensar, parar a olhar... Deixei-me iludir pela primeira impressão de beleza, superficial, e foi isso que quis rapidamente captar. Mais rápido que apreciar. Para logo a seguir gravar mais outro momento, mais aquela paisagem, mais esta fachada, cada uma mais bonita que a outra. De repente senti-me numa corrida onde parecia que as coisas iam desaparecer se rapidamente não as gravasse. Como se o importante fosse obter o carimbo. A memória não era suficiente. E depois? Que faço com tanto deslumbramento? Olho de novo... da mesma forma... superficial, rápida. E fico fascinada pela beleza da imagem!

Mais tarde olho a colecção de carimbos e apago metade... os tais que gravei mas não vi. E guardo apenas aqueles que me despertam lembranças, que me acordam a alma com saudade. Os momentos onde o foco serviu não para captar deslumbres e reflexos... que o olho viu... mas sim para gravar momentos e imagens... que a alma verdadeiramente sentiu.

terça-feira, outubro 05, 2004

Deja-vu

Afinal a viagem foi curta... senti pouco. E pressenti que cada vez iria sentir menos. Não queria levar memórias... já as tinha... ou iria ter. Não queria acumular lembranças... já as tinha, ou iria ter.

As distâncias encurtam-se a cada Km de auto-estrada, os segredos desvendam-se em cada página de revista. Nada é novo, nem as sensações do que ainda não se viu. O mapa é a única coisa que parece transformar-se... torna-se familiar, pessoal. E passa a reflectir a imagem de cada viela.

Mas é muito pouco. E é por termos tanto que tudo passa a ser nada. O mundo passa a ser muito pequeno quando conseguimos atingir cada canto. Quando o que nos parecia longinquamente inacessível se revela à nossa frente como se fosse já ali. E é já ali.

Mas então... o que posso fazer para que cada canto se mantenha longínquo e inacessível? E ao mesmo tempo conhecê-los a todos e a cada um como se fosse o único no mundo?

quinta-feira, setembro 23, 2004

Frases ditas...

Não fui eu que disse,

"Gostaria de ver ao largo um barco que ensinasse a não engravidar.
Não sou a favor ou contra a proibição do Governo, mas algo democraticamente me diz que as leis são para cumprir. [...] Para a Drª... melhor mesmo só se um fuzileiro a agarrasse pelo braço. Faltou uma espécie de agressão para a campanha ser perfeita."
[...]

Mas concordo.

E acrescento:
- O que pensarão as Women On Waves sobre a invasão dos EUA no Iraque?
- E será que estão a pensar regressar com um barco da eutanásia?
- Mas e as leis? São mesmo para cumprir?


terça-feira, setembro 21, 2004

Uma profissão à parte

Nunca percebi muito bem qual a lógica dos concursos anuais de professores. Afinal que outras profissões funcionam da mesma maneira? Também me custa a acreditar que os concursos sejam feitos a escassos dias do início das aulas... até as colocações dos alunos nas universidades são planeadas com bem mais antecedência. E não consigo imaginar como é que em 48h é possível apresentar-se na escola, começar a trabalhar em pleno e sobretudo organizar a sua vida pessoal depois de uma mudança de centenas de kilómetros. Incrível como as pessoas se adaptam a qualquer circunstância.

Mas hoje fiquei muito mais educada...
Fiquei a saber que o novo sistema informático do Ministério da Educação demora 7 horas a fazer a revisão das listas nacionais de colocação de professores... que pelo meio quando estava tudo pronto quase à última da hora, se descobriu um erro e tiveram de pôr a gigajoga a funcionar por mais 7 horas... aquilo terá encravado porque desta vez demorou 10h, 12h, 13h (será que tiveram de dar à manivela?); que há dois meses por lá trabalham arduamente pelos menos umas 12 funcionárias, dia e noite nas últimas semanas, com sacrifícios familiares... uma delas até desmaiou, tal era o esforço; e que foram deixadas ao abandono pela responsável que aproveitou para sair de mansinho quando as coisas começaram a dar nas vistas descaradamente... sim, porque a correr mal já vinham há muito; que as listas estão para sair há não sei quantos dias... estão por horas. Provavelmente por várias horas porque o sistema vai bloquear com o acesso simultâneo de tantos milhares de pessoas; que há países onde esta situação é de tal forma insólita que nem conseguem conceber como é que seria possível...e que coisa pouco como esta provocaria por aquelas bandas uma revolução de pais e conselhos lectivos.

Por cá é normal... é normal fazer tudo em cima da hora... é normal correr mal, afinal foi a primeira vez que se experimentou... até já se esperava que acontecesse... é normal! É normal o sistema bloquear porque toda a gente acede ao mesmo tempo... por quê? Não é suposto? É normal! Ah, não se previu a procura... É normal não se prever... não se planear... afinal o nosso desenrascanço já é quase emblema nacional! É normal as pessoas terem de se esmirrar dia e noite para as coisas funcionarem... é normal! É normal as chefias abandonarem os postos quando as coisas correm mal... e serem substítuídas de imediato por chefias feitas à pressão que percebem ainda menos dos assuntos... é normal!

Mas não é que hoje aconteceu algo anormal? Fiquei a saber que se reconheceu que as coisas correram mal... pessimamente. Afinal o que aconteceu não era normal! Mas tudo o que havia a fazer era constatar e lamentar... (Pois claro, também é uma atitude normal!)
... e esperar, esperar.

E há anos que constatamos e lamentamos... sem que a sociedade faça qualquer revolução contra situações que deixou banalizar, permitindo que o desrespeito pelas pessoas atinja o absurdo.... e esperamos, esperamos... sem saber muito bem do que é que estamos à espera.

Hoje fiquei com a certeza que está tudo na mesma... que vai continuar tudo na mesma... e que não conseguiremos deixar nunca de ser miseráveis.

terça-feira, setembro 14, 2004

Opiniões

Sempre gostei de conhecer o final dos filmes, ouvir a história contada pelos outros. Sempre preferi ler os livros dos quais já tinha ouvido comentários, opiniões, interpretações. E gosto sobretudo quando a opinião é contrária à minha... fico curiosa! Mas que diferente leitura terá sido essa para chegarmos a conclusões assim tão diferentes? Que percursos de vida nos terão dado visões tão inconciliáveis?
As coisas agradam-nos quando nos identificamos com elas. E a nossa vida é a chave para essa identificação. Gostos diferentes escondem por trás experiências distintas e revelam tanto sobre quem somos e para onde queremos ir...

Mais do que ler um livro ou ver um filme, acima de tudo gosto de ouvir como os outros já leram ou viram... é a história de uma estória!

domingo, setembro 12, 2004

A magia da manhã...

A cidade convida a um passeio numa manhã de Domingo...
em busca de uma qualquer mesa de café para tomar um pequeno-almoço... de um quiosque onde desfolhar uma revista e o jornal do dia...por entre ruas vazias ladeadas por grades nas montras das lojas... nem a Fnac acordou ainda... resta o Via Catarina ensonado.
Rumo em direcção à biblioteca nos jardins do Palácio... para encontrar mais uma porta fechada, que exibe na fachada um horário de que julga poder se orgulhar...

Resta o nevoeiro que esconde o rio. Resta a praia deserta. E as ondas do mar que ondulam ao ritmo de quem corre por entre as ladeiras do parque da cidade. Resta o sol a espelhar-se nas águas da foz. Resta a cidade... ela própria.

E a magia da estrada que gosto de percorrer quando regresso numa manhã de Domingo...

quinta-feira, setembro 02, 2004

Relatividade

Cruel a facilidade com que de tanto lidarmos com a desgraça, esta se tornar banal para nós! Porque todos os dias testemunhamos desgraças maiores. E perdemos a noção que para alguns aquela é a sua desgraça... não há piores.

Curioso como as pessoas vivem o sofrimento de forma diferente. Há quem perca tudo e se queixe de nada... há quem perca muito pouco e se queixe de tudo. Acho que é com isto que é difícil lidar. Baloiçamos entre exageros numa luta desesperada em busca do equilíbrio... do nosso... perante o dos outros.



domingo, agosto 29, 2004

Vazio

Se você for aquilo que faz
quando não o fizer, não é...


William Byron

segunda-feira, agosto 23, 2004

Parar

"Abrandar não resulta porque tudo à nossa volta
se desloca a grande velocidade"

quinta-feira, agosto 19, 2004

Missão... quase impossível

Loja do cidadão

Entrada: 13:15h

Missão: renovar BI - missão simples, objectiva, todos os documentos em ordem
Tempo necessário: 10 minutos

Saída: 17h

Segundo o bilhete, a hora de atendimento estava prevista para as 19:05h.
Com umas quantas, muitas desistências, fui atendida em 4 horas!

Acho que é suposto ficar satisfeita pela eficiência... certo?
É que de facto não me podia ter sentido mais cidadã!



sábado, agosto 14, 2004

Flashback

Se pudesse recuar no futuro, recriaria um novo passado... acertaria escolhas, definiria fronteiras e teria certezas. Viveria um presente definido, em busca do horizonte que escolhi conhecer.
Seria tudo mais simples... ou talvez não.
Talvez mais feliz... talvez sim.

Se a vida fosse um álbum de sonhos, na companhia de Mark Ruffalo, com a classe de 2004... não me importaria de chegar aos 30!


sábado, julho 24, 2004

1º Aniversário

Quase a desligar, reparo...
Em marés de aniversários, também este blog faz 1 ano!

Um ano de escrita sentida... onde se disse quase tudo
... e quase nada.

Onde o destino parece ter mergulhado em palavras sussurradas e
se deixado adormecer no ondular dos sonhos.

Onde eu estive presente...
... e muita coisa ausente.

São momentos de vida para recordar!

domingo, julho 18, 2004

Preciso partir...

Naquele dia saboreei um gosto que não mais esqueci... o da partida. Percorri destinos que jamais imaginaria escolher, conheci vivências que sequer nunca pensaria lembrar. Vi um novo pôr do sol, olhei a lua de outra janela. Aprendi uma nova saudade.
 
Tenho saudades dos aeroportos. De poisar terreno onde não pertenço... percorrer ruas que não conheço... falar línguas misturadas... ter coisas emprestadas. 
 
Preciso viver de novo num tempo que sei que não vai voltar.
 
Tenho saudades de me sentir de novo estrangeira. Saudades que crescem à medida que novas perspectivas se começam a desenhar no horizonte.

quarta-feira, julho 14, 2004

Tempos idos...

Engraçado como já ninguém se lembra do Euro 2004! As bandeiras nas janelas passaram a fazer parte da paisagem, sem se saber muito bem o por quê de lá estarem... não foram esquecidas lá, mas também já não se associam ao futebol. Agora pertencem ao colorido das ruas e preenchem na nossa memória um espaço reservado não se sabe bem a quê. Fazem-nos sentir bem como se nos lembrassem tempos de alegria e festa, de união, de luta por um objectivo e pela conquista de um sonho. De um tempo em que fomos surpreedidos e nos deixamos mobilizar.

Há símbolos assim... que nos fazem sentir bem. A bandeira passou a ser um deles. Graças ao futebol... quem diria!

Há tempos assim... que assustam de tão fugazes!


domingo, julho 04, 2004

Respirar emoções...

Sustem-se a respiração por uns momentos
Parece que o tempo parou
... e de um fôlego
...




... o Euro2004 terminou!



Cerimónias de abertura e encerramento memoráveis!
Emoções ao rubro num futebol feito espectáculo
Mobilização total e entrega absoluta

Há momentos assim...
E a vida é feita destes momentos!

Parabéns a todos...
... por se deixarem viver
felizes...!

quinta-feira, junho 24, 2004

"Será demais pedir a Taça?"

...
Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Joga mais!
Sua mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Nem custa tanto assim imaginar a vitória
no fundo, é só uma soma de momentos de glória.
Era bonito… Um abraço aqui, um abraço ali…
Abraço toda a gente, abraço quem nunca vi.
Vamos lá transformar isto numa grande festa
Sem pressão, Selecção, és a esperança que nos resta
Por isso, escuta: não te esqueças que a sorte protege os filhos da luta.
Não nos levem a mal a exigência
Mas p'a empates e derrotas não há grande paciência.
Queremos mais, muito mais, menos ais
Scolari, já vimos do que cê é capais.
Cê sabe que para ganhar é preciso ter fé.
E a bola no pé.

…querem mais?

Então vamos lá outra vez
Quem não salta, não é português
Sempre com o desejo de cantar na final
"levantai hoje de novo o esplendor de Portugal".
Tudo a postos,
vamos ter fé uma vez na vida
e acabar o europeu de cabeça e de taça erguida.
Se temos saudade, temos vontade, temos saúde, temos atitude
Se temos tudo, de que é que o português se queixa?
…Era esta a vossa deixa.

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Joga mais!
Sua mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!



O poder do momento...!

sábado, junho 19, 2004

Mar de ilusões

A net é um mágico jogo de ilusões onde cada um se recria
na imagem que recria dos outros...

sábado, junho 12, 2004

Euro 2004

Podemos gostar pouco de futebol, perceber ainda menos
e participar nada...
... mas não podemos ficar indiferentes.

Boa sorte PORTUGAL!!


segunda-feira, junho 07, 2004

Olhar em volta...

Não há melhor elixir de motivação que sermos confrontados com realidades mais duras que as nossas.E não precisamos ir muito longe, basta conversarmos um pouco com os nossos amigos ou colegas. Saimos da mesquinhez em volta da nossa vidinha e reduzimos as nossas queixas à insignificância que valem. E percebemos que afinal nós é que somos fracos e se calhar suportamos mal as agruras do dia a dia.

Quando partilhamos e comparamos percebemos que tudo na vida é relativo... passamos a viver provavelmente mais angustiados, mas com uma noção mais nítida e real das nossas verdadeiras capacidades. Transformamos algumas dores em sopros de força, porventura algumas indiferenças em agonias, mas certamente muitos momentos de queixume em coloridas horas de satisfação.

Aprendemos sobretudo a valorizar o que temos e somos e a agradecer todas as coisas que tomámos por certas...

... aprendemos sobretudo a ser mais felizes.

domingo, junho 06, 2004

Feira do livro

"- Boa tarde... mais um autógrafo. É o primeiro livro seu que leio. Já há algum tempo que tinha curiosidade em ler as suas obras.
- Muito bem, espero que goste...É leitora regular?
- Vou tentando... tenho pouco tempo.
- O que é que faz?
- Sou médica... em início.
- Ah... então conhece o interior das pessoas.
- ... (sorriu)."

Há encontros fortuitos até numa feira do livro... ouvem-se conversas, cruzam-se histórias.
Por detrás de cada uma das pessoas que aguarda na fila para receber um autógrafo e algo mais, parece que se está a ler um conto de vida.

sexta-feira, junho 04, 2004

Happy wedding!

Chegou a época em que começo a coleccionar convites de casamento. Podia sentir-me uma carta fora do baralho mas não é esse o meu estado de alma predominante. Partilho da mesma satisfação dos noivos. Eles por casarem... eu por manter o meu estatuto sem pressas de mudar de estado civil. Lido melhor com isso que a sociedade que me pressiona a cumprir a tradição... que pretendo cumprir uma dia. E nesse dia sentir-me-ei plenamente satisfeita.

Por agora, sinto-me bem. Não que a minha liberdade incondicional por vezes não me sufoque; não que a solidão muitas vezes não me agonie; não que os sonhos todos os dias não me assolem. Mas há uma felicidade interior que por enquanto me preenche e faz-se substituir a tudo em falta.

Por agora basto-me a mim própria. Vivo comigo e para mim.

É normal casar... e acho que é por isso mesmo que se perde metade do encanto. Cada namoro tem a sua história, cada par é aquele par mas cada convite passa a ser mais um convite. Até ao dia em que espero seja o meu convite... normal. E também eu entrarei na estrada comum da vida, em sentido único.

Por agora... percorro caminhos e vielas
... e ainda sigo em busca de encantos maiores!

segunda-feira, maio 31, 2004

Happy birthday

… The venom of scandalous feelings

Each other´s perfect understanding,
Many words tenderly murmured,
A ladybird´s kiss… like the sea upon an unfathomable body!
Intimate feeling of loss tightly round my heart…
A flick of good-bye…
An unchanged whisper… like the blue of a dreaming sea,
I never looked so far,
Said in a sorrowed way,
Senses that cry out into white unhappy clouds and…
… expect to become inhuman and infuriated thoughts …
The temptation in a flying and malicious light,
Touching the outlines and shades of tremulous satiny skin,
I need the deepness…
No one´s judgement…
The venom of scandalous feelings,
Wild and incoherent never told tales…
Streaming faces of delight… never touched lips of red emotion,
And… you´ll forever stay…
Forever being forgotten,
Hidden inside lost strawberry shaped innocence,
Everyone spins… no one feels… we all hold on to…
Because we don´t know who we will miss and…
Who we won´t…
I miss you.



Parabéns...
onde quer que estejas... o que quer que sejas...
... espero que sejas feliz!

domingo, maio 23, 2004

Tocar o medo...

Por que é que quanto mais próximo da felicidade, maior o medo?

Sejam muitos os sustos...
... de felicidade!



Saga...II

Faço um bypass e ultrapasso logo as semanas de espera que se anteviam como prémio da reserva... dirijo-me directamente à loja fornecedora.

O primeiro empregado vai ao armazém e traz o produto em questão, ao preço correcto, com os acessórios adequados, a funcionar na perfeição.

Esta é a outra saga também à portuguesa...
...é preciso é saber escolher!

quarta-feira, maio 19, 2004

Saga à portuguesa... I

Entro na loja... sei exactamente o produto que quero, estou pronta a pagar. O primeiro empregado vai chamar o segurança para abrir a vitrine... muito bem, é isto... depois vai chamar o 2º empregado que é o responsável... afinal o 2º foi jantar e ninguém mais parece ter acesso aos stocks... vou dar uma volta, regresso mais tarde...vem o 3º empregado... vai ao armazém...os minutos passam... e passam... afinal o produto já não existe em stock.
Vou à loja ao lado... têm o mesmo produto mas roubam nas ofertas.
Vou a outra loja ao lado...tem a mesma marca mas o modelo abaixo e o modelo acima, não tem o que eu quero.
Vou a outra loja ao lado daquela ao lado da que estava ao lado da do lado... roubam no preço descaradamente!
Vou à última loja... vem o empregado... vai ao computador ver se existe o produto... há 1 em stock... vai ao armazém confirmar as características... os minutos passam... e passam... e passam... (mas será que guardam as coisas nalgum cofre a sete chaves?) afinal eu quero levar, tem de ir outra vez ao armazém buscar o produto... vou pagar (finalmente!).

espera.... alto!!!

... decido confirmar as características...

afinal não correspondem ao descrito na caixa, o produto vem com acessórios errados... volta ao armazem a confirmar... o produto volta para trás...têm de pedir à loja de outro local.
Deixo reservado...

... aguardo cenas dos próximos capítulos pelo menos tão emocionantes quanto estas!!

Mas não haverá uma forma mais simples de funcionarmos?

sexta-feira, maio 14, 2004

Há essência no trânsito...

Todos os dias percorro as mesma estradas, circundo as mesmas rotundas, páro nos mesmo sinais. E todos os dias o trânsito é diferente. Seguindo pela via rápida em lentidão de fila, de repente e sem se saber por quê começamos a avançar a todo o gás para dali a uns metros de repente e sem se saber como, pararmos de novo em andamento solavancante em primeira.

Há mistérios no trânsito que nunca consegui perceber...realidades paralelas que me surpreendem. Há uma essência que gira ordeiramente no caos.

Não é um retrato fiél da vida?

domingo, maio 02, 2004

Há dias assim...

... em que temos a certeza de tudo e gostamos de todos; em que sentimos que pertencemos onde estamos e fazemos parte do que queremos; em que as coisas correm como têm que correr; em que olhamos o céu com suspiros de satisfação e vivemos com o sol ao nosso lado; em que o canto dos pássaros se torna melodia e cada lágrima se desfaz em sorrisos.

Há dias em que tocamos a felicidade...

E são estes os dias que devemos gravar na memória para rebobinar sempre que sentimos que tudo gira ao contrário...que nos perdemos sem destino em brumas de vida. Porque já nos encontramos um dia e já seguimos por rumos definidos. E temos provas! Que devemos ler e reler e acreditar que voltará a ser possível... porque já foi possível um dia...

...porque há dias assim!

quinta-feira, abril 29, 2004

Traços culturais

Há 2 atitudes que me angustiam:

- a cultura do tapa buracos... onde tudo se faz na base do remendo e mesmo esse só é aplicado quando a pressão é muita. "Quem não chora não mama!", torna-se um dito irritante de tão verdadeiro! O que mais me incomoda é que todos assistem ao desgaçar dos remendos e não se tem a coragem de dar um esticão para ver se finalmente a coisa rompe de vez. Pode ser que alguém fique a nu!

- a cultura do desgraçadinho... para não se discriminar a minoria ou o desgraçadinho que têm imensos direitos, discrimina-se toda uma maioria que em contrapartida ganha imensos deveres!

Estarei eu a ser demasiado intolerante?

domingo, abril 25, 2004

sábado, abril 17, 2004

Fôlego de vida

"A vida não é medida pelo número de vezes que se respira mas pelos momentos em que se perde o fôlego"...

Começo a viver num respirar acelerado... onde o fôlego se degladia para sobreviver a cada momento. E é neste rodopio de velocidades que abandono as palavras e deixo pairar este espaço ao sabor do que não tenho para dizer.
Estou quase a abandonar-me... para me encontrar numa montanha russa que me engole a cada curva e me transporta a rasgar novos ventos de entusiasmo.

Fiquei sem nada para dizer... talvez seja esse o sinal.
... talvez um aviso... de que não são precisas palavras
Quando há tanto para viver...

segunda-feira, abril 12, 2004

quarta-feira, abril 07, 2004

Calendários...

Hoje é o dia Mundial da Saúde. Por que é que ninguém festejou?

Não... não é por a Saúde andar pelas ruas da amargura... felizmente essas ruas e becos sem saída são uma minoria no complexo sistema de vias e auto-estradas que se entrecruzam e nos permitem percorrer os longos caminhos da vida.


sábado, março 27, 2004

Máquina do tempo...

O sono é uma máquina do tempo. Aquilo que nos separa do próximo dia não é a longa noite... antes um fechar de olhos que instantaneamente nos transporta para o dia seguinte. Não sobram memórias, desaparece o tempo e a próxima coisa que vemos é já o amanhã.

E são muitas as vezes em que não quero fechar os olhos. Quero fazer render a noite e atrasar o relógio do tempo que corre desmedido... quero sentir que o amanhã ainda está longe... e quero viver e relembrar as horas em que fiquei suspensa à espera.

Preciso sentir o tempo a passar, não quero acordar e ver que ele já passou!

sábado, março 20, 2004

Lost in Translation...

00:28
Se fosse a lua, esta noite iluminaria o teu rosto...branquearia o teu corpo com a minha luz e o beijo seria dado através do orvalho que faria cair sobre ti...

sábado, março 06, 2004

Peelings

Parece que toda a gente decidiu renovar a cara dos seus blogs... confesso que em todos preferia os layouts antigos. Já me tinha habituado aos cantos e recantos de cada um.

É nestas alturas que se percebe que um blog não se faz só de palavras ou imagens... são também as cores, os formatos, os tipos de letra, os fundos que o identificam. Há um todo que nos atrai e fideliza. A primeira imagem é de importância fulcral. E sentimo-nos traídos quando se transforma!

Tal como nós... que somos igualmente um todo de imagem, palavras e emoções... é essa identidade que nos caracteriza. Será que os outros também se sentem traídos quando mudamos o layout de algum desses componentes?

terça-feira, março 02, 2004

Horizonte longínquo

Vislumbro um mar de oportunidades à minha frente... tenho de aprender depressa a nadar para não me afogar nele!

De qualquer forma acho que posso contar com algumas bóias de salvação em meu redor... espero que elas me ajudem a conquistar as ondas em direcção ao horizonte longínquo!

sábado, fevereiro 28, 2004

sábado, fevereiro 21, 2004

Desígnios...

Tenho tentado ser aquilo que sempre achei que queria ser.
Uns dias acho que ainda quero... outros acho que não consigo.

Por esta altura já não sei se afinal não quero ser aquilo que sempre
achei que queria... ou se me enganei achando que queria ser aquilo
que sempre achei que podia!

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Contradições

Por vezes sentimo-nos imprevisíveis... como se lá no fundo não fossemos nós a determinar o que sentir. Há algo interior que parece pré-definido a jogar com as emoções e a seleccioná-las para cada situação. Não deve ter um critério muito rigoroso! É que sem sabermos por quê deparamo-nos com um mar de contradições. Que subtilezas serão essas que ainda não percebi?

Vou-me deixar de tentar adivinhar por antecipação. Substituo a previsão pela observação e análise da hora. Depois decido o que fazer com a emoção seleccionada. Continuarei a tropeçar em contradições... mas pelo menos não tento sequer compreendê-las. Passo a registá-las.

Afinal não oriento já a minha vida de forma contraditória? Nunca perdi muito tempo a tentar perceber por quê.
Vivo como sinto...
... em contradição.

sábado, fevereiro 14, 2004

...in my own half way

Looking inside for the nothingness of fantasies,
Everything overflows into dreams… reasons that hold you and i… but…
All that matters comes in colours I can´t define! Is it too late?
I speak to myself with a ghostly voice…
Strange serenity among my defenceless lips,
Enough of sick promises that were never meant to be avoided!
I’ve tried to forget myself in the contemplation of regret…
It hurts and hurts!

I´m abandoned in my own half-way between other’s half-believes,
Alone as an ended missive of trust…
Faced by an infernal unknown force,
Ripped up from my indecisions…
Who am i?
If heaven seemed insane… would I be an unreal flash of meaning to this world?!
If we all know the things we can´t choose,
Goodbyes and surrendered souls wouldn’t lose the meaning…
The meaning of what will tear us apart from blame…
From rusted scars…
Catacombs of an ancient vengeance,
The closing of my eyes will not forgive me…
Ever.

sábado, fevereiro 07, 2004

Lágrimas de poesia II

Na linguagem do amor, são muitas as palavras que por aí vagueiam dedicadas à perda de alguém. A quem se perdeu na imensidão da vista dedicamo-nos em demasia; em excesso desgovernado como um choro magoado e triste que nos mata a sede e alimenta.
São estas as palavras de pura poesia.

Que fascício é este pela perda?

Que vontade esta de emoldurarmos o momento, a circunstância, a pessoa, as últimas palavras trocadas e deixadas ao abandono... um momento que se perdeu para sempre mas que queremos que nos consuma a alma. Um luto que recusamos fazer mas transformamos em dádiva inconsciente da totalidade dos momentos, da exclusividade de emoções.

...em homenagem permanente...
a nós, a quem se perdeu mas sobretudo ao que ficou eternamente.

"Enviarei missivas para a imensidão do planeta, para que tu saibas de mim.
Perdemo-nos. Perdi o teu rasto
".

sábado, janeiro 31, 2004

Lágrimas de poesia

Por que é que a tristeza é sempre tão mais poética?

Gosto de mergulhar e me afundar em escritas de lamento e melancolia, fatalistas, dramatizadas...
Às vezes sinto que é quando os olhos brilham de felicidade que a alma se apaga. Como se em vez de cumplices fossem rivais. Parece que quando nos sentimos bem, deixamos de ter o que dizer ou escrever. Como se deixassemos de sentir alguma coisa, como se tivessemos perdido alguma parte de nós.

Há um choro interior que nos apazigua. São lágrimas mais poderosas que sorrisos. Não as podemos deixar secar.


quarta-feira, janeiro 28, 2004

Prioridades máximas

Muitas vezes adiamos as coisas mais importantes da nossa vida até termos possibilidade de as tratar com a exclusividade que merecem. De tão importantes, sentimos que não lhes devemos menos e não consentimos pensar nelas sem a nossa atenção máxima. E fazemo-las esperar... e esperar.
Até termos tempo. Que acabamos por nunca ter.

E acabamos por nunca conseguir que as coisas mais importantes sejam as prioritárias na nossa vida. Fica-nos a certeza que pelo menos elas estarão sempre lá à nossa espera e a satisfação antecipada ao imaginarmos o dia em que nada mais importará e lhes poderemos entregar por completo a nossa alma.

sábado, janeiro 24, 2004

Pormenores

Ainda não aprendi por completo a dar atenção aos pormenores... a minha sobrevivência depende disso.
É apenas um pormenor. Mas distraio-me...

Ainda me falta qualquer coisa.

domingo, janeiro 18, 2004

Reflexo...

Se por um acaso eu me encontrasse na blogosfera, sem me saber autora destes escritos, será que ao longo de todas estas palavras eu me iria reconhecer?
Teria gravado este espaço nos favoritos como um reflexo de mim própria?

quarta-feira, janeiro 14, 2004

À espreita...

Por que será que alguns comentários desapareceram
misteriosamente nalguns posts?
Que selectividade!


sábado, janeiro 10, 2004

Fronteiras

Tenho saudades de um tempo e de um espaço...
...para onde não quero voltar.


terça-feira, janeiro 06, 2004

Sonho lírico!

Estou destinada a ser para sempre uma eterna insatisfeita!
Ainda não sei se isso é bom ou mau! Sei é que sou uma idealista e ainda acredito que seria possível encontrar a perfeição. Tenho sempre a esperança que vai ser desta vez, que é agora! E no final fica sempre tudo aquem! E tenho sempre algo a apontar, muito por preencher, tanto por realizar!

Não chego a ficar com expectativas frustradas, nem sequer desanimada... como se lá no fundo soubesse que aquilo que procuro não existe. Mas fico sempre nostálgica, a sonhar com o meu sonho!
Talvez seja esse sonho melhor que a própria perfeição! Que graça teria encontrar as coisas perfeitas? Deixaria de ter algo a apontar, a preencher, a realizar. Ganharia o meu ideal mas perderia o meu sonho!

E eu quero sonhar! E ser idealista!
Não será o meu verdadeiro sonho ser mesmo... uma eterna insatisfeita?!

Hoje disseram-me que eu era uma lírica! E como me deu satisfação ouvir isso! Reconfortou-me!

sábado, janeiro 03, 2004

Give me the splendid silent sun

"Give me the splendid silent sun with all his beams full-dazzling,
Give me autumnal fruit ripe and red from the orchard,
Give me a field where the unmow'd grass grows,
Give me an arbor, give me the trellis'd grape,
Give me fresh corn and wheat, give me serene-moving animals teaching
content,
Give me nights perfectly quiet as on high plateaus west of the

Give me odorous at sunrise a garden of beautiful flowers where I can
walk undisturb'd,

Give me a perfect child, give me away aside from the noise of the
world a rural domestic life,
Give me to warble spontaneous songs recluse by myself, for my own ears only,
Give me solitude, give me Nature, give me again O Nature your primal
sanities!



Keep your splendid silent sun,
Keep your woods O Nature, and the quiet places by the woods,
Keep your fields of clover and timothy, and your corn-fields and orchards,
Keep the blossoming buckwheat fields where the Ninth-month bees hum;
Give me faces and streets--give me these phantoms incessant and
endless along the trottoirs!
Give me interminable eyes---give me comrades and
lovers by the thousand!
Let me see new ones every day--let me hold new ones by the hand every day!
…give me the sound of the trumpets and drums!

Give me the shores and wharves heavy-fringed with black ships!
O such for me! O an intense life, full to repletion and varied!
The life of the theatre, bar-room, huge hotel, for me!
The saloon of the steamer! the crowded excursion for me! the
torchlight procession!
People, endless, streaming, with strong voices, passions, pageants,
… streets with their powerful throbs, with beating drums as now,
The endless and noisy chorus, the rustle and clank of muskets, (even
the sight of the wounded,)
… crowds, with their turbulent musical chorus!
… faces and eyes forever for me."


Walt Whitman


2004:
...bring me the splendid silent sun!